quarta-feira, 21 de maio de 2008

Abortos inseguros


Epidemiologia da gravidez de risco

Na EPIDEMIOLOGIA, sabe-se que as informações existentes no Brasil são restritas e pouco completas, pois foram colhidas em poucas cidades e estados, ficando aquém da realidade brasileira. Este projeto tem como objetivo atingir estatisticamente e cientificamente um número mais exato possível daquele que já existe, para que as medidas preventivas possam ser efetivamente planejadas e desenvolvidas.
Quanto mais próximo chegarmos da realidade, maiores e melhores condições teremos de se levantar resultados. E estes poderão ser usados para o benefício de toda a população de nosso país, através de Órgãos Públicos Federais, Estaduais e Municipais, parceiros deste projeto, bem como na otimização dos esforços feitos nas campanhas e programas de prevenção .

Resultado da PUBMED

BACKGROUND AND OBJECTIVE: Breastfeeding is considered to be a protective factor against obesity in healthy children. But previous studies about the effect of breastfeeding in the offspring of diabetic mothers have provided inconsistent results. It was the aim of this study to assess the effect of breastfeeding on the risk of becoming overweight at two years of age in children of these mothers. METHODS: In a prospective cohort study data on exclusive or partial breastfeeding habits, were obtained from questionnaires given to 816 mothers, aged between 17 and 43 years, with type 1 diabetes. Weight and height of their children was obtained from their pediatric records. Children with a BMI (3) 90th percentile were classified as being overweight. RESULTS: 77.9 % of all mothers started breastfeeding after the child's birth. Six months later 33.1 % were still breast-feeding. 14.5 % of all children were overweight at two years of age. After adjusting for smoking in pregnancy and the child's gender and birth weight, there was a risk reduction for overweight of 60 % (OR=0.405; 95%-CI: 0.211-0.779) for breastfeeding duration of 12 to 25 weeks. A similar positive association was found for predominant breastfeeding for a duration of at least four months (OR=0.500; 95%-CI: 0.282-0.887). Protective effects were already present when the duration of breastfeeding was four weeks or more. CONCLUSIONS: Mothers with type 1 diabetes breastfed less and for a shorter duration than those in the general population. Breastfeeding duration of at least four weeks was associated with a reduced risk for overweight at two years of age. Special needs regarding diabetes management have to be taken into account.

Descritor da PUBMED

1:
Related ArticlesKreichauf S, Pflüger M, Hummel S, Ziegler AG.

[Breastfeeding and risk of becoming overweight in offspring of mothers with type 1 diabetes.]
Dtsch Med Wochenschr. 2008 May;133(22):1173-7. German.
PMID: 18491272 [PubMed - in process]

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Resumo:
OBJETIVO: analisar o padrão dos movimentos respiratórios fetais (MRF) em gestantes diabéticas no terceiro trimestre de gestação. MÉTODOS: foram avaliadas 16 gestantes com diabetes mellitus pré-gestacional e 16 gestantes normais (grupo controle), com os seguintes critérios de inclusão: gestação única entre a 36ª e a 40ª semana, ausência de outras doenças maternas e ausência de anomalias fetais. No perfil biofísico fetal (PBF), foram avaliados os parâmetros: freqüência cardíaca fetal, MRF, movimentos corpóreos fetais, tônus fetal e índice de líquido amniótico. Os MRF foram avaliados por 30 minutos, período em que o exame foi integralmente gravado em fita de vídeo VHS para posterior análise do número de episódios de MRF, do tempo de duração dos episódios e do índice de movimentos respiratórios fetais (IMR). O IMR foi calculado pela fórmula: (intervalo de tempo com MRF/tempo de observação) x 100. No início e no final do PBF foi dosada a glicemia capilar materna. Os resultados foram analisados pelo teste de Mann-Whitney U e teste exato de Fisher, adotando-se nível de significância de 5 por cento. RESULTADOS: as glicemias demonstraram média significativamente superior nas diabéticas (113,3±35,3 g/dL) em relação às gestantes normais (78,2±14,8 g/dL, p<0,001). A média do índice de líquido amniótico mostrou-se maior no grupo das gestantes diabéticas (15,5±6,4 cm) quando comparado aos controles (10,6±2,0 cm; p=0,01). A média do número de episódios de MRF foi superior nas diabéticas (22,6±4,4) em relação aos controles (14,8±2,3; p<0,0001). A média do IMR nas diabéticas (54,6±14,8 por cento) foi significativamente maior do que no grupo controle (30,5±7,4 por cento; p<0,0001). CONCLUSÕES: os maiores valores glicêmicos podem estar associados a diferente padrão nos movimentos respiratórios de fetos de mães diabéticas. A utilização deste parâmetro do PBF, na prática clínica, deve ser considerada...(AU)

Fichamento - GESTAÇÃO DE ALTO RISCO

A vida da mulher é marcada por três fases particularmente significativas: a adolescência, a maternidade e a menopausa. Dessas, a maternidade talvez seja a que tem significado mais profundo.
Em primeiro lugar, porque a gravidez é, na maior parte das vezes, voluntária. A mulher pode decidir se quer ou não ter filhos, e isto jamais será uma decisão banal. Uma vez que se decida pela maternidade, pode planejar o número de filhos, o momento mais adequado para tê-los e o intervalo das gestações – o que não acontece com a adolescência e a menopausa, fases que não podem ser evitadas.
Em segundo lugar, a maternidade implica imediatamente a vida de um outro ser: o bebê. Além disso, uma mulher não gera filhos sozinha. Engravidar implica na participação masculina. Em geral, toda a família fica mobilizada à espera do bebê.
A gravidez é um processo natural, que normalmente transcorre sem problemas ou traumas. Pode e deve ocorrer de modo tranqüilo. E como faz nos grandes acontecimentos de sua vida, a mulher também deve preparar-se com cuidado para a experiência da maternidade.
O pré-natal
Ao descobrir-se grávida, toda mulher deve dirigir-se ao serviço de saúde ou ao seu médico, para dar início ao pré-natal, que deve iniciar-se cedo, no curso dos três primeiros meses da gravidez.
Sabidamente, o pré-natal bem feito assegura à gestante uma gravidez sem problemas, aumentando suas chances de ter um filho saudável e a própria saúde bem cuidada. Além de ser submetida a exames completos periódicos, a futura mãe obterá respostas para suas principais dúvidas e poderá falar sobre seus medos e inseguranças.
Nas primeiras consultas, será pesada, fará exame clínico e ginecológico completo e exames de sangue, urina e fezes. Se preciso, o médico poderá solicitar algum exame complementar, como o ultra-som, por exemplo.
Geralmente, as grávidas têm grande expectativa com relação à primeira consulta do pré-natal. Nesta, o objetivo principal é avaliar o seu estado geral de saúde, bem como o do feto. A partir desta avaliação o médico poderá idealizar um plano específico de consultas e cuidados futuros para com a grávida e seu bebê. Durante todo o pré-natal a gestante receberá informações diversas a respeito do processo de sua gravidez, do parto, do aleitamento, da maneira de cuidar de si e da criança por nascer. Na primeira fase do pré-natal ela deverá ser atendida pelo menos seis vezes, por profissionais de saúde, das quais pelo menos duas pelo médico.
Mas sendo a gestação um processo normal na vida das mulheres, será mesmo preciso tomar todos estes cuidados?
Claro que sim. Mesmo em se tratando de um processo natural, a gravidez é uma fase bastante especial. É muito comum, por exemplo, que no seu início a mulher tenha enjôo, tonturas, vômitos, dor de cabeça, salivação excessiva. É também usual que irrite-se por motivos que não merecem tanto desgaste, sinta muito sono, quase o tempo inteiro; ou fique muito sensível e chore à toa. Pode também ter muita prisão de ventre ou a sensação de estar todo o tempo com a bexiga cheia, com vontade freqüente de urinar. Tudo isto pode ser normal, no sentido de não apresentar maior significado, no presente e no futuro, nem para a mulher nem para o bebê. Mas também pode não ser.
A gestação de alto risco: o que é e por que acontece
Às vezes, uma mesma ocorrência não traz qualquer problema para uma pessoa, enquanto que, para outra, pode vir a acarretar algo especial. Assim, uma gripe é uma situação enfrentada quase normalmente por muita gente, sem maiores seqüelas. Mas caso alguém esteja muito fraco, alimentando-se mal ou com algum outro problema de saúde, o simples fato de contrair uma gripe pode conduzir a uma doença mais séria. Também a gravidez pode, em certas circunstâncias, trazer riscos à saúde da mãe e do bebê que virá a nascer.
A gestação é um fenômeno normal e, na maioria dos casos, sua evolução ocorre sem qualquer complicação. Porém, em cerca de 10 a 20% das mulheres, a gestação pode ocasionar problemas mais ou menos graves: as chamadas gestações de alto risco, ou seja, aquelas que podem afetar seriamente tanto o desenvolvimento e a saúde do feto como a saúde da mãe.
Vejamos um exemplo: no Brasil, de 70 a 150 mulheres em cada cem mil morrem por alguma causa ligada à gestação e ao parto. Entretanto, provavelmente viveriam caso não tivessem enfrentado uma gravidez de alto risco, para a qual não foram cuidadas ou preparadas.
E gravidez não é doença, não é justo que uma mulher morra ou fique doente por esse motivo. O mais grave é que a quase totalidade destas mortes não necessitaria acontecer, haja vista que 90% delas são evitáveis se as gestantes fossem acudidas a tempo.
Também não é justo que uma mãe perca o filho que tanto queria. Com um bom planejamento familiar e pré-natal, uma boa assistência ao parto e cuidados adequados após o nascimento da criança, tanto a mãe como o bebê estariam aproveitando a vida e gozando de boa saúde.
E isto não é novidade. Na Índia antiga, os sábios e as pessoas que cuidavam das mulheres já diziam que o acompanhamento e o cuidado dedicados à saúde física e emocional da gestante eram muito importantes e podiam evitar problemas para ela e seu filho.
Mas por que ocorre a gravidez de alto risco?
Uma gestação pode tornar-se uma gravidez de alto risco por várias razões, por exemplo: se a gestante viver numa região onde não exista água corrente nem sistema de esgoto isto - condições ambientais e sociais precárias - pode agravar problemas comuns da gravidez, trazendo perigo tanto para ela quanto para o feto; se ela fumar ou beber durante o período da gravidez isto também pode vir a prejudicar o bom desenvolvimento e crescimento da criança.
Entretanto, nem todos os fatores dependem das condições de vida ou do comportamento da mulher. Alguns dependem de fatos totalmente alheios a seu controle. Um deles, exemplificando, é quando a mulher descobre estar grávida de gêmeos. A partir desse momento ela entra automaticamente no grupo de gestação de alto risco, pois pode vir a ter anemia, pressão alta e outros problemas que trarão ameaça à sua saúde e à vida dos fetos, provocando um parto prematuro ou bebês muito pequenos e fracos.
Existem outros problemas próprios da gravidez e que podem trazer complicações para a saúde da mãe e do feto, como a pré-eclâmpsia. Nessa doença hipertensiva, específica dos últimos três meses de gravidez, a gestante apresenta inchações, dores de cabeça e problemas renais. Caso sua pressão não seja bem controlada, pode evoluir para a eclâmpsia durante ou após o parto, gerando convulsões, estados de coma e até mesmo a morte.
Há, igualmente, casos em que uma mulher já apresentava um problema de saúde anterior à gravidez, como o câncer de colo do útero ou doença do coração, moléstias estas que podem se agravar com a gravidez, trazendo grandes danos à mãe.
Gestação de alto risco: o que fazer?
Estas situações nos lembram que nem todas as pessoas são iguais e que nem toda gestação decorre tranqüilamente. Algumas podem trazer danos permanentes à saúde da mãe ou comprometer a saúde do bebê. Outras, podem resultar até mesmo em mortes ou em abortos. Para a maioria das mulheres, suas necessidades de saúde são resolvidas com cuidados e procedimentos simples. Para outras, as necessidades a serem resolvidas exigem cuidados, exames e equipamentos mais complexos.
Considerando-se o fato de que nem toda gravidez é igual,as pessoas que vierem a desenvolver uma gestação de alto risco necessitamde um pré-natal especial, de um acompanhamento especial ede um cuidado especial durante o parto e o pós-parto.
Nas gestações de alto risco é muito importante que o médico e os profissionais dos serviços de saúde identifiquem, o mais rapidamente possível, os problemas existentes e façam um diagnóstico das doenças ligadas à gravidez. Quanto mais rápido o diagnóstico, mais fácil torna-se iniciar o tratamento e tomar os cuidados necessários, antes que ocorra qualquer dano à mãe ou ao feto.
As mulheres que estiverem nas situações descritas a seguir, e que engravidarem, serão candidatas naturais à gestação de alto risco:
que ficam grávidas de gêmeos, porque podem ter anemia, doença hipertensiva específica da gravidez, parto prematuro;
que têm hemorragias, tanto na primeira como na segunda metade da gravidez;
cujo bebê demora para nascer, indo além da 42ª semana;
que têm ou já tiveram filhos prematuros, pois o fato de a criança ter nascido antes de completar 37 semanas representa um agravo tanto para a criança como para a mãe. A desnutrição da mãe, a presença de infecção, a pressão alta, as doenças congênitas, o esforço físico exagerado, a tensão emocional estão entre as principais causas de nascimento de prematuros.
muito jovens, isto é, com menos de 15 anos;
que têm mais de 40 anos;
que vivem em condições de risco e de extrema pobreza;
que apresentam alguma doença do coração, do pulmão ou da tiróide;
que já tiveram algum aborto;
que são portadoras do vírus HIV.
Obviamente, esta lista não relaciona todos os casos possíveis. Dela constam apenas os mais comuns, que costumam conduzir o médico a um diagnóstico de gravidez de alto risco.
Do ponto de vista prático, importa saber que existem alguns problemas específicos da gravidez que podem aparecer em algumas mulheres e levá-las a desenvolver uma gestação de risco.
Assim, a gestante deve procurar imediatamente o serviço de saúde, de dia ou de noite, caso sinta:
1. sangramento vaginal ou qualquer perda de líquido pela vagina;
2. inchaço importante do rosto, dedos da mão e pernas;
3. dor de cabeça forte e demorada;
4. dor na barriga ou contrações e puxões do útero;
5. vista embaçada ou problemas de visão que aparecem de repente;
6. vômitos que duram muito;
7. febre e calafrios;
8.o bebê se mexer de modo muito diferente do habitual ou não se mexer por 10 ou 12 horas.
De acordo com suas características particulares, as gestantes de alto risco terão um controle pré-natal diferenciado tanto nos cuidados quanto no número de consultas. Em geral, visitarão o serviço de saúde no mínimo uma vez por mês, durante os seis primeiros meses de gravidez. Na fase final, no sétimo mês, estas visitas devem acontecer a cada 15 dias; e, posteriormente, uma vez por semana, até o momento do parto.
Dependendo da necessidade, poderão ser pedidos ou recomendados exames suplementares e tratamentos específicos, bem como repouso, alimentação e dietas especiais. Seu ganho de peso deverá manter-se entre 9 a 12 quilos; já que engordar exageradamente é prejudicial tanto para a mãe quanto para o feto, inclusive em condições normais de gravidez. É importante lembrar que a gestante jamais deve tomar remédios por conta própria ou por conselho de amigas.
A gestante de alto risco tem seus direitos aos cuidados especiais garantidos por lei. Nela deverão ser concentrados mais esforços sociais e familiares, para que possa vir a ter uma boa gestação e um bebê saudável, sem comprometimento de sua saúde. Se a participação do marido ou do companheiro já é indispensável na gestação normal, torna-se ainda mais importante na de alto risco. A melhor maneira de este ficar completamente informado sobre a situação é acompanhar a mulher ao pré-natal e colaborar no que for possível para que esse período transcorra com tranqüilidade.
A gestante de risco deve, ainda, poder contar com a ajuda da família, das amigas e amigos. Se a segurança afetiva é importante na vida da gestante normal, mais ainda o é no caso das mulheres que correm riscos na gravidez! Para elas devem se voltar os melhores cuidados, a maior paciência, o máximo carinho e atenção.
ATIVIDADES SUGERIDAS
I – Antes da sessão de vídeo
O coordenador das atividades (professor, agente de saúde ou educador) reunirá grupos de casais e grupos de mulheres da comunidade para assistirem o vídeo sobre gravidez de alto risco. Antes do início da sessão, para melhor motivá-los sobre o assunto, pergunta:
O que quer dizer gravidez de alto risco?
Quem conhece alguém que teve uma gravidez de alto risco? Por que foi assim chamada?
Que medidas foram adotadas neste(s) caso(s)? Achou certas tais medidas?
Que outras situações imaginam que possam levar a uma gravidez de alto risco?
O coordenador anota no quadro as diversas situações exemplificadas e estimular que todos participem da discussão, sem fazer qualquer correção ou crítica nesse primeiro momento.
II – Após a sessão de vídeo -
O coordenador retoma a discussão e solicita que os participantes complementem e/ou corrijam as idéias apresentadas antes da sessão. Completa, então, a lista das situações de alto risco, com a ajuda de todos.
No final, revê com todos os participantes os sinais de alerta de que algo não vai bem na gravidez, as medidas de urgência a tomar e a importância do pré-natal - sobretudo nas gestações de alto risco.

Informãção obtida na ANVISA

Gravidez de alto riscoPortaria MS/GM nº 3.477, de 20 de agosto de 1998Estabelece critérios para a inclusão de hospitais nos Sistemas Estaduais de Referência Hospitalar em atendimento terciário à gravidez de alto risco

Pesquisa feita no cocrhane.

Resumos de Revisões Sistemáticas traduzidos ao Português (4)
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Suplementação com cálcio durante a gravidez para prevenir hipertensão e problemas relacionados (Revisão Cochrane)
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Apoio social e emocional durante a gestação para mulheres com risco aumentado de ter bebês com baixo peso ao nascer
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Testes bioquímicos para avaliação da função plancentária na gestação
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Administração profilática de antibiótico na gestação para a prevenção de morbidade e mortalidade por infecção (Revisão Cochrane)